Cidadãos lançam petição contra fecho de valências no hospital da Figueira da Foz
O movimento de cidadãos da Figueira da Foz que contesta o encerramento de valências no hospital distrital (HDFF) lançou hoje uma petição, em papel e na Internet, que pretende ver discutida na Assembleia da República.
Na petição online, que a meio da tarde de hoje contava com 165 assinaturas, os subscritores alegam uma “vontade inabalável” em defender o Hospital Distrital da Figueira da Foz e as suas valências.
Dizem também pugnar para que a unidade de saúde seja dotada, “de forma consequente, das melhorias e equipamentos necessários à sua manutenção e desenvolvimento como hospital de referência”.
Manifestam-se contra o possível encerramento do Hospital de Dia dos serviços oncológicos “que terá como consequências o aumento dos custos com deslocações e os prejuízos daí resultantes em termos de qualidade de vida para o doente e seus familiares”.
Estão ainda contra a deslocalização da viatura médica do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), alegando que esta “salva vidas no local” e dá qualidade às urgências, criticando ainda o encerramento do bloco operatório entre as 02:00 e as 08:00.
“Esta última medida é extremamente gravosa a prazo e põe em causa a referenciação da urgência como urgência médico-cirúrgica. Esta referenciação, já em causa pela inexistência de uma unidade de cuidados intensivos polivalentes, estará irremediavelmente comprometida com o funcionamento parcial do Bloco Operatório”, alegam.
“A ideia última da petição é fazer parar a proposta. Se o Conselho de Administração entender meditar sobre a proposta e pará-la, a petição não terá, obviamente, razão de ser”, disse hoje à agência Lusa Nelson Fernandes, porta voz do movimento de cidadãos.
Adiantou que a ideia subjacente à petição passa por exigir à tutela que “diga o que se pretende” do Hospital Distrital da Figueira da Foz e que o texto vai estar disponível para ser assinado em vários locais da cidade.
“Vamos procurar chegar a toda a gente e que toda a gente adira”, frisou.
“Não se pode estar a cortar o hospital às fatias, a enganar a população a dizer que tem isto e aquilo para daqui por uns tempos se tirar essas valências e a população ficar sujeita a pensar que tem essa assistência quando não tem”, afirmou.
Embora o número de assinaturas necessário para submeter a petição à Assembleia da República seja de mil, o movimento pretende o máximo de assinaturas possível: “não pomos limite”, sustentou Nelson Fernandes.
Fonte: Notícias do Centro
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